Resenha: Rosas de Maio - The Collector #2 - Dot Hutchison

Título: Rosas de Maio - The Collector #2 
Autora: Dot Hutchison 
Editora Planeta 
Páginas: 304
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Quatro meses se passaram após a descoberta do Jardim e de suas “borboletas”: jovens mulheres, sequestradas e mantidas em cativeiro por um homem brutal e obsessivo, conhecido apenas como Jardineiro. O inverno está chegando ao fim, e as Borboletas esperam ansiosamente por dias mais quentes e tranquilos.
Para os agentes Brandon Eddison, Victor Hanoverian e Mercedes Ramirez, no entanto, a calma não parece valer: em outra parte dos Estados Unidos, mais uma jovem surge brutalmente assassinada. Os indícios apontam para a ação de mais um serial-killer psicopata, capaz não apenas de matar a sangue frio, mas também de elaborar a cena a ser descoberta: a jovem é descoberta no altar de uma velha igreja, com a garganta cortada e o corpo rodeado de flores.








"Como você se recupera quando os pedaços perdidos são os únicos motivos para alguém olhar para você?"

Eu não via a hora de ler esse livro!  Era uma certeza que ele ia furar fila, e furou todas elas e a Dot Huctchison não me decepcionou. Preciso começar avisando que esse é o segundo livro da série The Collector, o primeiro é Jardim das Borboletas que tem resenha aqui, e é necessário a leitura antes desse. Essa resenha não vai conter spoiler do livro anterior.



O livro se passa quatro meses depois do caso das borboletas, onde os detetives Brandon Eddison, Victor Hanoverian e Mercedes Ramirez agora tem um novo caso pra resolver, na verdade é um caso antigo e que mesmo após anos ninguém consegue solucionar e esse caso envolve a morte de Chavi, irmã da Priya.

"Mesmo que ele seja condenado, mesmo que a sentença seja prisão perpétua sem condicional, ou quem sabe até a condenação à morte, como isso é justiça? Temos que continuar abrindo nossas feridas para todo mundo, sangrando de novo, de novo e de novo, sabendo muito bem o que ele fez conosco. Como um veredito de culpa vai mudar alguma coisa nisso?"

Anos atrás a morte da irmã de Priya devastou toda a família, e Priya junto com sua mãe além de mudarem de cidade diversas vezes por causa do trabalho de Deshani, ainda precisam enfrentar as dores que tudo isso causou.

Esse Serial Killer mata adolescentes e deixa elas sempre com o pescoço cortado em uma igreja e com flores, e acontece sempre na mesma época do ano, cada uma deixada com  uma flor diferente e isso dura alguns anos e até agora ninguém conseguiu descobrir quem é o assassino.

Esse livro vai muito além de mais um caso, ele também tem muita ligação com o livro anterior, então vamos acompanhar as Borboletas depois de tudo que aconteceu, vamos acompanhar como os detetives estão e também esse caso que eles precisam solucionar antes que o Serial mate outra adolescente e conhecer Priya e sua mãe.

"O público rouba tragédias das vítimas. Parece estranho, eu sei, mas acho que você pode ser uma das poucas pessoas que vai entender o que quero dizer com isso. Essas coisas aconteceram com a gente, com pessoas que amávamos. Quando chegam aos noticiários, todo mundo que tem uma TV ou um computador se sente no direito de partilhar nossas reações e recuperações.Eles não têm esse direito. Leva um tempo para realmente acreditar nisso, mas você não deve nada a eles."

Assim como no anterior esse livro não tem capitulo, ele dividido em 4 partes e é escrito em primeira e terceira pessoa. Em primeira pessoa temos os ponto de vista de Priya e das Borboletas, em terceira pessoa dos detetives, além de ter também partes/capítulos do Serial Killer. Mesmo com essa variação de escrita a leitura é fluída e em nenhum momento você fica perdido sem saber quem está falando o que. Acho que nem precisava falar dessa capa linda, mas ainda assim preciso parabenizar a editora por essa capa , além dessa diagramação de deixar os olhos brilhando.



Não minto que no começo eu demorei um pouco pra assimilar quem era quem, já que fazia algum tempo que tinha lido o primeiro livro e minha memória da Dori não é muito boa em guardar nomes, então dei uma relida superficial no anterior e voltei pra esse, e quanto mais eu lia mais queria ler.

Eu amei esse livro, tentei em muitos momentos comparar com o livro anterior, mas não consegui, ao mesmo tempo que eles tem muita ligação, a forma da autora conduzir a história foi totalmente diferente, me deixando atenta em cada linha. Esse livro foi escrito de uma forma tão impactante que eu achei que ia desmoronar por muitas vezes, tentei culpar minha TPM por isso, mas sei que ela não é culpada por tudo.

"Os jogos de xadrez mais interessantes acontecem entre oponentes que se conhecem bem. Eles sabem antever o que o outro vai fazer para tentar impedi-lo e, ao mesmo tempo, avançar suas peças. Cada movimento requer que os dois jogadores reavaliem completamente o tabuleiro, como um cubo mágico de doze lados. Não sei quem matou minha irmã, mas sei muita coisa sobre ele. Os assassinatos contam uma história."

A autora trouxe a tona muito mais que um suspense, ela mostra também as dificuldades das Borboletas em sobreviverem e da Pria e sua mãe seguirem em frente. Todas elas passaram por algo brutal na vida onde não é possível nem comparar uma com a outra, mas a forma que é descrito é tão intenso que não tem como terminar esse livro sem sentir nada.



Eu raramente dou 5 estrelas para livros de uma série, ainda mais quando tem continuação, porque tenho medo da decepção, mas é impossível eu dar menos para esse livro. Rosas de Maio me trouxe tantos sentimentos, alguns que até estavam escondidos lá no fundo que não tem como ele não ganhar 5 estrelas.







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