Resenha: A Morte e os Seis Mosqueteiros - Anatole Jelihovschi

Título: A Morte e os Seis Mosqueteiros
Autor: Anatole Jelihovschi
Editora Jaguatirica
Páginas: 140
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Em seu novo romance policial, Anatole Jelihovschi mergulha fundo no cotidiano das infâncias perdidas, dos relacionamentos partidos, das oportunidades que tantos ainda acreditam distantes demais da realidade.

A morte e os seis mosqueteiros é a história de seis garotos muito amigos de uma favela. Quando crianças, tudo era uma grande brincadeira. Os meninos gostavam de se imaginar nos mundos de capa e espada, ou na peça ‘O fantasma da ópera’, mas na verdade moravam em uma favela violenta, com bandidos e policiais trocando tiros e matando gente. Ainda quando a infância sequer os havia deixado, a violência e o tráfico na comunidade em que viviam, de uma forma ou de outra, acabariam por envolve- los em uma teia de morte, assassinando seus sentimentos, valores e, principalmente, sua amizade.






"Ninguém tem futuro pela frente mesmo, e não se perde nada ao morrer jovem aqui."


Estou a horas olhando para a tela em branco pra tentar fazer essa resenha, mas vou dizer que tá difícil pra caramba. Eu realmente não sei o que dizer e ainda nem decidi qual a nota do livro. Loucura, né!?


Esse livro conta a história de Zequinha e cinco amigos de infância. Todos ele se conhecem ainda em época escolar e são nomeados como os seis mosqueteiros pela amiga deles Julinha, com exceção da Julinha todos vivem na favela.





No começo do livro você vê o quanto todos os amigos são unidos, mas o tempo passa e eles começam a se separarem cada um seguindo um rumo diferente. Infelizmente a escolha da maioria deles não foi das melhores e é com a escolha de cada um que o livro ganha vida.

No decorrer da história vemos o dia a dia da favela, e posso garantir que desgraça pouca nesse livro é bobagem. Cada capítulo é uma desgraça diferente e quando você acha que não pode piorar, sim ele piora.

A forma como o autor descreve a vida dessas pessoas na favela é capaz de assustar quem nunca morou nela. É tão crua que em muitos momentos quis acreditar que tudo aquilo era mentira. É lógico que o autor deu uma boa dose de drama pra história, mas isso não deixou a história menos real, infelizmente.

"- Eu era feliz e não sabia!"

O livro é todo escrito em primeira pessoa pelo ponto de vista do Zequinha. O livro tem uma linguagem um tanto informal, uma coisa que me incomodou no livro foi o tamanho da fonte, não sei se é eu que estou ficando cega, mas achei ela um tanto pequena. Outro detalhe que me deixou meia incomodada é a quantidade de desgraças que pode acontecer com uma única pessoa. Sério, eu não consegui em nenhum capítulo pensar que agora as coisas vão melhorar pro Zequinha ou pra alguns de seus amigos. O livro é ótimo, mas infelizmente não consegui sintonia com os personagens, a única coisa que sentia era pena e pensar quando toda desgraça iria acabar.





O autor Anatole Jelihovschi publicou Aves migratórias (Planetário, 2005), Rio antigo (Rocco, 2009), A gorda (Ímã Editorial, 2012), A morte e os seis mosqueteiros (2014 e 2017).
Em 2003, foi um dos finalistas do Concurso de Contos do Prosa & Verso, caderno literário do jornal O Globo.
Anatole nasceu em 1950, no Rio de Janeiro. E conta como a literatura nasceu dentro dele, antes mesmo que o amor e a vocação para as ciências exatas. O autor ainda possui livros inéditos guardados para futuras publicações.


É um livro de poucas páginas o que tornou a leitura rápida, só não foi ainda mais rápida porque achei as letras muito pequenas o que acabava me dando sono em alguns momentos. A capa está condizente com a história e a revisão está perfeita, os erros encontrados foram realmente para demonstrar a fala dos personagens.

Nesse livros será abordado vários temas polêmicos como tráfico de drogas, assassinatos, pedofilia, sexualidade, machismo, violência doméstica e preconceitos entre muito mais coisas. Mas acredito que o principal nessa história são as infelizes decisões que cada um tomou e que com essas decisões tiveram os destinos traçados. O final é totalmente chocante e até agora tô sem rumo em relação aos acontecimentos finais.








14 comentários:

  1. Fico imaginado cada criança que vive em favelas e são obrigadas a presenciarem momentos que não queriam ou vendo as famílias trocarem tiros com a policia infelizmente com o tempo vão crescendo e tomando o mesmo rumo, a historia mostra uma forte realidade que muitos presenciam hoje,bem triste.
    Até mais!!!

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  2. Oi Raquel.
    Já me sentir assim, não saber com toda certeza o que achei do livro, ou até mesmo se ele é bom, adoro livros que abordam temas como machismo, violência doméstica e preconceitos, e esse me parece ser um livro que me agrada, essa capa é linda, uma pena que as letras tenham te incomodado um pouco.
    Bjs.

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  3. A história que o livro retrata infelizmente se passa hoje em dia ainda. Baita de uma tristeza isso né!?
    Confesso que esse tipo de leitura não faz muito a minha cabeça.
    Mas achei a premissa do livro bem interessante e fiquei curiosa pra conhecer o desfecho da história desses amigos.
    Beijos,
    Caroline Garcia

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  4. Oi Raquel
    Realmente fontes pequenas me deixam agoniada. Sobre o tema é realmente um pouco chato você não sentir nenhuma esperança pelos personagens, da uma desanimada mesmo.
    Beijos

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  5. Achei interessante o livro abordar a dura realidade das favelas. Não lembro de ter visto nenhum que falasse do tema e isso me deixou curiosa.
    Por ser um livro pequeno, acho que vale a pena ser lido. Mas tenho certeza que a enxurrada de coisas ruins acontecendo com o protagonista vai me incomodar um pouco.

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  6. Oii! Pra quem curte essa leitura parece bacana, eu não me prendo á esse gênero, passo a dica...
    Bjs

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  7. Que capa feia...deu vontade nem de ler a resenha imagine o livro👀


    Medo desse livro como assim só desgraça Brasil!? Eita😨 tadinho do Zequinha. Será tipo capitães da areia!? não sei pq me lembrei desse livro com essa resenha...mas imagine pelos temas que retrata que o livro e bem forte e espero que passe a uma boa lição de vida.

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  8. Raquel!
    Acredito que o livro traz a realidade crua do que existe mesmo nas favelas do Brasil e pode ser uma leitura dolorosa, mas totalmente crível.
    Acredito que sua dificuldade maior tenha sido pelo fato de gostar dos romances e aqui, tem nada de romance não, e dolorosa realidade e causa choque.
    Bom final de semana!
    “A sabedoria é a única riqueza que os tiranos não podem expropriar.” (Khalil Gibran)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP COMENTARISTA ABRIL especial de aniversário, serão 6 ganhadores, não fique de fora!

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  9. Não gostei da capa, e pelo que li na sua resenha não me chamou atenção, gosto quando os personagens prendem a minha atenção e me fazem sentir muita coisa, e infelizmente nesse a unica coisa que iria sentir seria pena, e isso eu não gosto.

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  10. Olá,
    Não gostei muito da capa do livro, porém a historia me fez lembra das crianças do nosso pais que vivem na favela e me pergunto se realmente o que o livro conta também se passa na vida real?! Uma trama bem laborada e bem interessante, nem sei se leria mais acho que seria uma boa opção para quem quer entender a vida na favela!

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  11. Oi!
    Esse não é o tipo de livro que gosto de ler, pois parece ser uma historia bem forte, densa e da não conseguimos imaginar o final legal para o personagem, ou uma reviravolta na historia, mas tambem arece mostrar uma realidade verdadeira, para quem gosta parece ser uma ótima leitura !!

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  12. Oi, Raquel!!
    A autora trás temas bem marcantes e presentes no nosso cotidiano e por causa disso a história do livro não me prendeu, pois já lemos e vemos tantas notícias ruins na Tv e nos jornais que chega uma hora que queremos ler algum que anime. E esse livro não é meu gênero habitual de leitura.
    Beijoss

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  13. A história se aproxima muito da realidade, o que faz com que pensemos mais sobre como as pessoas que vivem nesse meio se sentem em relação a tudo isso. O autor retrata bem esses momentos e o Zequinha, sob seu ponto de vista vai assistindo a tudo e tendo dentro de si, um sentimento de desolação.

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