Resenha: As Brumas de Avalon, #2 - A Grande Rainha - Marion Zimmer Bradley

Título: As Brumas De Avalon - o Clássico Que Encantou Gerações - Edição Especial - Capa Dura
Autora: Marion Zimmer Bradley
Editora: Planeta de Livros Brasil - Minotauro
Páginas: 968
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"Grande clássico da literatura mundial retrata a mítica história do rei Artur a partir da perspectiva de mulheres mágicas e poderosas. Por séculos, as lendas arturianas povoaram o imaginário de leitores de todo o mundo. As brumas de Avalon é considerado por muitos a versão literária definitiva do mito e muitas gerações de mulheres se deixaram arrebatar pela escrita envolvente de Marion Zimmer Bradley. Pelos olhos de mulheres complexas e poderosas como Morgana das Fadas, Viviane, a Senhora do Lago, Igraine, Morgause e Gwenhwyfar, os reinos de Camelot e de Avalon são revisitados neste clássico, repleto de magia, sensibilidade e intrigas. “Uma releitura monumental das lendas arturianas... Ler As brumas de Avalon é uma experiência profundamente tocante, e muitas vezes fantástica. Um resultado impressionante.” THE NEW YORK TIMES BOOK REVIEW “O enredo elaborado com maestria e a escrita maravilhosa de As brumas de Avalon jogam nova luz a antigos personagens, em especial Morgana das Fadas, Merlim, Lancelote e Gwenhwyfar. Um romance épico, com violência, ambição, lealdades dolorosas e feitiços assombrosos.” PUBLISHERS WEEKLY Edição especial em capa dura, pela primeira vez em volume único no Brasil"






"— Ainda assim, minha rainha, ninguém pode ser o mestre da consciência de outra pessoa. Ainda que considere maligno e vergonhoso, supõe saber o que é certo para o outro? Mesmo os sábios não sabem tudo, e talvez os Deuses tenham mais propósitos do que nós, com nosso pequeno conhecimento, podemos ver."


Quase um ano depois iniciei o segundo livro de Brumas, não sei explicar o porque demorei a ler,  já que gostei do primeiro livro. Esse livro faz parte do Chalenge Feminista 2019, onde o Malucas junto com outros Igs parceiros estão participando. Vou deixar no final da resenha a imagem com os desafio e o link do post lá no instagram, ai se quiser participar é só chegar chegando kkkk. Esse é o desafio de janeiro, porém demorei um pouquinho, mas consegui concluir esse desafio.

Esse livro eu tive um outro desafio, que era algo que queria muito, ou seja, além da leitura eu tentei o  audiobook também. Eu já tinha tentando com outro livro, mas não tinha gostado, diferente desse que foi uma ótima experiência. Em alguns momentos acompanhei o áudio e a leitura, então é certo de eu dizer que o audiobook é de uma edição anterior, porém as únicas mudanças seriam de algumas palavras, mas nada que comprometa o entendimento do livro.

"— Os homens não podem servir a dois mestres — afirmou Gwenhwyfar, surpresa com a própria ousadia. — Gostaria que fosse um rei totalmente cristão meu senhor.— Devo lealdade a todo o meu povo — disse Artur —, não apenas aos que seguem Cristo..."

O segundo livro de Brumas começa exatamente de onde parou o primeiro livro, então a resenha pode conter spoilers, nada que comprometa a leitura dos livros, mas fica por sua conta e risco a leitura dessa resenha.

Nesse livro começa com Morgana grávida do filho de Artur na casa da sua tia Morgause, que de primeiro momento até fez por boas intenções, mas quando descobriu de quem era o filho as coisas mudaram, e ela aceitou criar o filho principalmente pelo interesse no trono futuramente.


Artur não sabe sobre o filho e ele precisa casar, e nesse casamento onde ninguém conhecia ninguém (noiva conhecia Artur porque era Rei, mas nunca forma apresentados pessoalmente) é onde conhecemos Gwenhwyfar que aparece de relance no livro 1, mas nesse livro a personagem realmente ganha vida.

Gwenhwyfar e Artur mesmo em um casamento arranjado se deram bem logo de cara, nascendo um grande afeto entre os dois, porém o amor não existia, ambos se respeitavam, mas Artur não amava ela e Gwenhwyfar amava  Lancelote companheiro fiel de Artur, que também sentia algo por Gwenhwyfar. É nessa hora que a gente fala "pega fogo cabaré"? kkkkk.
"— Vocês cristãos gostam demais da palavra"impróprio", especialmente quando se trata de mulheres."
Gwenhwyfar, vive em uma constante batalha por não poder gerar um filho de Artur, aqui eu deveria ter criado uma certa empatia por ela, mas não rolou de jeito nenhum. Ela é uma personagem representa o papel de mulher cristã e que luta sempre pra provar que a única religião aceitável  cristianismo, diminuindo as outras religiões. A forma que ela enxerga tudo é tão pequena , onde só sua verdade tem vez, que fez dela uma personagem intolerante e intragável.

Agora vamos falar da dona da porra toda Morgana. Sei que deveria falar do Rei Artur, mas como ele me decepcionou no livro 2, prefiro falar da minha diva suprema. Mesmo com o foco em Gwenhwyfar, Morgana continua sendo uma das personagens principais, mostrando nesse livro seu crescimento e amadurecimento, já que ela se afastou de Avalon durante sua gravidez e agora se vê em dúvida do que fazer, com isso ela vem em um crescimento constante e sozinha, já que ela  não acredita mais nos planos da Deusa.



Pode parecer que estou contando o livro todo, mas engana-se quem acha que o livro tem como foco somente o romance, o livro é muito mais que isso. Mesmo eu não gostando da autora (explicarei o motivo nas próximas resenha), e muitas vezes foi difícil separar o livro da autora, ainda não posso negar que a história construída é fantástica, mesmo que a autora seja uma embuste.

Essa nova edição da Planeta tá maravilhosa! A capa é dura e que representa bem a série. Os livros dentro dele são separados, o que nos faz saber bem qual livro estamos lendo além de uma escrita mais atual, durante a leitura também não encontrei erros ortográficos.
"Todas as mulheres são, na verdade, irmãs para a Deusa."
É logico que como todas as religiões sempre temos os prós e os contras e aqui não é diferente, onde até mesmo em Avalon fica nítido que nem tudo é as mil maravilhas, principalmente nos seus rituais. o que por diversas vezes me incomodou. Brumas aborda temas como religião e política da época, mas não tem como fazer a leitura desse livro e não comparar com os dias atuais, é um livro que vale a pena sim ser lido e analisado.




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