Resenha: O Impulso - Ashley Audrain

Título: O Impulso
Autora: Ashley Audrain
Editora: Paralela
Páginas: 359
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O que você faria se seus filhos não fossem quem você esperava? O impulso é o romance mais viciante do ano, uma leitura que irá questionar tudo o que assumimos sobre maternidade, sobre aquilo que devemos aos nossos filhos e sobre o que acontece quando deixamos de acreditar em mulheres cujas histórias são incômodas.

Blythe Connor está decidida a ser a mãe perfeita, calorosa e acolhedora que nunca teve. Porém, no começo exaustivo da maternidade, ela descobre que sua filha Violet não se comporta como a maioria das crianças. Ou ela estaria imaginando? Seu marido Fox está certo de que é tudo fruto do cansaço e que essa é apenas uma fase difícil.

Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade.

Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?

"Muito original, O impulso é uma leitura compulsiva e um mergulho nos recantos mais escuros da maternidade." — Kristin Hannah, autora best-seller do New York Times

"...Todos temos direito de alimentar certas expectativas em relação aos outros e a nós mesmos. Com a maternidade não é diferente. Todos esperamos ter uma boa mãe, nos casar com uma boa mãe, ser uma boa mãe."

Hoje vamos falar sobre o lançamento da Editora Paralela "O Impulso", que é uma aposta da editora e que desde o momento que o livro foi anunciado eu me vi desesperada pela leitura. O Impulso vai contar a história de Blythe Connor.



Blythe não teve um relacionamento fácil com sua mãe e isso a tornou traumatizada com assuntos familiares e maternos. Quando Blythe conhece Fox na faculdade ela acha que está vivendo a melhor coisa da sua vida, até o momento que eles decidem ter um filho e a vida dela muda radicalmente.

Após o nascimento de Violet ela decide que vai ser a melhor mãe possível e que não vai cometer os mesmos erros de sua mãe, só que ela não imaginava que a maternidade pudesse mudar tanto a vida dela sendo tão desafiador, o relacionamento dela com sua filha é complicado desde sempre e isso fica cada dia mais difícil, já que todos os questionamentos que ela faz com Fox ele não ajuda e ainda a coloca como errada. 

"Algumas mulheres dizem que ser mãe é sua maior conquista. Mas não sei. Não sinto que conquistei muita coisa ainda."

E a vida mãe e filha fica assim por alguns anos até que ela engravida novamente e a conexão que ela não teve com Violet, ela tem com Sam quase que imediatamente, mas a vida dela não é um conto de fadas e um acidente muda a vida de todos.

Antes de eu falar sobre Blythe e sua relação com a maternidade no livro, quero deixar bem claro que eu desde o começo do livro não gostei do seu marido Fox (insira o meme da Rafa Kalhiman aqui), e isso afetou Blythe muito, porque um dos motivos dela decidir engravidar é por insistência dele também.

Então o livro além de abordar muito o tema maternidade, joga por terra a lenda de família perfeita e feliz, principalmente deixa bem claro o quanto Fox é um marido e pai de rede social, aquele que só quer a parte boa da foto e culpa sempre a mulher por qualquer coisa. Escroto que chama, né?

"A maternidade é assim – só existe o agora. O desespero do agora, o alívio do agora."

Desabafo feito, vamos voltar a Blythe.

Blythe é aquela pessoa com um passado difícil e comum relacionamento nada saudável com a sua mãe, e com isso ela quer viver em um conto de fadas que não existe sendo a submissa do relacionamento e aceitando tudo que o Fox fala.

O livro abordou maternidade com maestria, mostrando desde o parto e a violência obstétrica, até seu primeiros contato com a criança, a criação e as dúvidas que surgem a cada momento.


Agora como minha experiência pessoal, o livro em relação a mostrar o caos da maternidade foi perfeito, algo que a gente precisa sempre deixar bem claro é que antes de sermos mães, também somos mulheres e também falhamos, temos medos e também precisamos viver fora dessa bolha.

O livro traz diversos temas de extrema importância e ótimo para debates, mas preciso comentar sobre a escrita, como esse livro foi escrito como uma espécie de carta da Blythe, ele se tornou lento e uma leitura cansativa,  os poucos diálogos deixou isso ainda mais arrastado, tornando a leitura pouco dinâmica e por isso dei 3,5 estrelas.

O livro traz temas impactantes e isso pode se tornar gatilho para muitas mulheres.

"Eu não podia lhe contar a verdade: que eu desconfiava que havia algo de errado com nossa filha. Para você, o problema era eu."

O Impulso é um livro impactante e real, eu poderia passar  horas falando das dificuldades da maternidade e ainda assim não seria um terço do que realmente é.

Ashley Audrain foi ótima em tirar para concepção de que mãe tem que ser sempre perfeita e só viver pelos filhos, afinal não é bem assim que a maternidade funciona, mas a sociedade impõe tanto essa perfeição que quando vemos algo diferente o povo se espanta e julga. 

Um livro para mostrar sem meias palavras as verdadeiras dificuldades da maternidade e ao mesmo tempo ser um alerta para pararem com a glamourização da família Doriana.



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