Resenha: Pistas Submersas - Doggerland, #1 - Maria Adolfsson

Título: Pistas Submersas - Doggerland, #1
Autora: Maria Adolfsson
Editora: Faro Editorial
Páginas: 368
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Bem-vindo ao mundo único de Doggerland! Uma nação formada por grande extensão de terras, hoje, a maior parte submersas, das quais restaram apenas três ilhas, localizada em algum lugar entre o Reino Unido e os países nórdicos. É lá que Maria Adolfsson cria o cenário perfeito para uma história arrebatadora. Na manhã seguinte ao grande festival das ilhas de Doggerland, norte da Escandinávia, a detetive Karen Hornby acorda em um quarto de hotel com uma ressaca gigantesca, mas não maior que os arrependimentos da noite anterior. Na mesma manhã, uma mulher foi encontrada morta, quase desfigurada, em outra parte da ilha. As notícias daquele crime abalam a comunidade. Karen é encarregada do caso, algo complexo pelo fato de a vítima ser ex-esposa de seu chefe. O homem com quem Karen acordou no quarto de hotel... Ela era o seu álibi. Mas não podia contar a ninguém. Karen começa a seguir as pistas, que vão desenrolando um novelo de segredos há muito tempo enterrados. Talvez aquele evento tenha origem na década de 1970... Talvez o seu desfecho esteja relacionado a um telefonema estranho, naquela primavera. Ainda assim, Karen não encontra um motivo para o assassinato. Mas, enquanto investiga a história das ilhas, descobre que as camadas de mistérios daquelas terras submersas são mais profundas do que se imagina






 Doggerland é uma área de terra, agora submersa no sul do norte que ligava a Grã Bretanhã até a Europa Continental, e é nesse ambiente fictício que a autora criou a série "Doggerland".

Pistas Submersas é o livro um da série Doggerland onde vamos conhecer a Karen Eiken Hornby, uma inspetora-detetive que após participar do Festival de Ostras, que é uma festa tradicional do local, acorda em um quarto de hotel com uma ressaca terrível, mas pior que a ressaca é acordar na mesma cama que seu chefe Jounas Smeed. E nesse momento eu imaginei o desespero dela, porque não basta acordar ao lado do seu chefe, pior ainda é acordar ao lado desse homem chato, para não falar outra coisa.



Após fugir do hotel Karen só tem em mente descansar e esquece dessa loucura que fez, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Mais tarde no mesmo dia o chefe de polícia Viggo Haugen liga para ela informando da morte de nada mais, nada menos do que Susanne Smeed a ex esposa do "queridíssimo" Jounas, pois é o chato e chefe que ela dormiu na noite anterior.

Karen se torna responsável pelo caso, já que Jounas é o ex marido da vitima, e por mais que Karen queira evitar contato com ele, ela sabe que além de pegar o seu depoimento, ela também pode ser o álibi dele.



Em meio a investigação Karen acaba se deparando com fatos que aconteceram por volta de 1970 em uma comunidade hippie do local, e ela precisa encaixar o passado e o presente na mesma investigação.

Nesse enredo além da gente mergulhar na investigação também acompanhamos a vida pessoal de Karen, não só no presente, mas também descobrimos coisas do passado dela que a moldaram, e não vou mentir que uma das descobertas doeu muito, tanto que em alguns momentos não sabia se o que me interessava mais era a vida pessoal dela ou a investigação.

O livro foi todo escrito em terceira pessoa, alternando entre o presente e o passado onde viajamos na leitura para 1970. A capa e diagramação da Faro como sempre são impecáveis e durante a leitura não encontrei erros ortográficos.

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Se tem uma coisa que me incomodou foram os personagens secundários homens (misericórdia que bando de homens chatos da porra), e é nesse ponto que preciso dar pontos para autora porque ela realmente mostrou as dificuldades de uma mulher em um trabalho onde a sua maioria são homens.

Sexismo no trabalho é algo ainda muito presente no mundo e acredito que muitas de nós já presenciamos algumas coisas, a autora abordando isso no meio policial deixou tudo em mais evidência. Os "colegas" de trabalho de Karen não acreditam em sua competência e sempre colocam em dúvida sua investigação, e ler muitas dessas cenas me incomodou de uma forma que eu queria colocar eles em um potinho e explodir.



Além de alguns personagens secundários homens que não gostei, outros personagens eu já  gostei da forma que foram apresentados e espero que eles apareçam mais nos próximos livros, não vou citar nomes para deixar vocês curiosos com os suspeitos.

O livro tem quase 400 páginas, mais de 90 capítulos e é lotado de descrições, algumas delas achei desnecessária e com isso o começo da leitura se tornou lenta e a história demorou um pouco para me fisgar, com isso minha nota foi 3,5 estrelas para esse livro, mas como aqui no blog não tem meia estrela arredondei para 4 estrelas.

Mesmo demorando para me fisgar Pistas Submersas foi uma leitura que me deixou curiosa pelo próximo livro da série, principalmente por ter adorado Karen.






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