Resenha: O Tatuador de Auschwitz - Baseado na História Real de um Amor que Desafiou os Horrores dos Campos de Concentração - Heather Morris

Título: O Tatuador de Auschwitz
Autora: Heather Morris
Editora: Planeta
Páginas: 240
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Nesse romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha nazista, o leitor será conduzido pelos horrores vividos dentro dos campos de concentração nazistas e verá que o amor não pode ser limitado por muros e cercas.
Lale Sokolov e Gita Fuhrmannova, dois judeus eslovacos, se conheceram em um dos mais terríveis lugares que a humanidade já viu: o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. No campo, Lale foi incumbido de tatuar os números de série dos prisioneiros que chegavam trazidos pelos nazistas – literalmente marcando na pele das vítimas o que se tornaria um grande símbolo do Holocausto. Ainda que fosse acusado de compactuar com os carcereiros, Lale, no entanto, aproveitava sua posição privilegiada para ajudar outros prisioneiros, trocando joias e dinheiro por comida para mantê-los vivos e designando funções administrativas para poupar seus companheiros do trabalho braçal do campo.
Nesse ambiente, feito para destruir tudo o que tocasse, Lale e Gita viveram um amor proibido, permitindo-se viver mesmo sabendo que a morte era iminente. 




Olá, leitores!
Hoje a resenha é para quem tem um coração forte. Essa história me emocionou tanto que estou com medo de escrever aqui e não conseguir tocar seu coração para essa leitura. Preparem que essa resenha vou colocar meu coração e alma, e vou tentar passar tudo que senti lendo uma das minhas melhores leituras disparado de 2018.

"Temos punhos, eles têm fuzis... quem você acha que vai ganhar essa briga?

O Tatuador de Auschwitz é um livro da autora Heather Morris, publicado pela editora Planeta de Livros Brasil. O livro é baseado em fatos reais e conta história de dois judeus apaixonados na Alemanha nazista vivendo em um campo de concentração. Só por esse pequeno resumo você já sabe que a leitura será recheada de drama, só não esperava deixar meu coração ali na leitura.



O livro começa com Lale indo para o campo de concentração, lá chegando depois ele vira o Tattowierer, o cara que tatua nos braços dos judeus. Em certo dia ela tatua Gita, por quem ele se apaixona perdidamente. No meio do caos e da morte eles se apaixonam, mesmo sabendo que o amanhã um dois dois podem estar mortos. Uma linda história de amor onde o amor já foi esquecido, onde o que importa é estar vivo no próximo dia. Preparem o corações e as lágrimas nessa leitura, não vai ser fácil, vai ser real e cruel e você leitor vai se colocar nem um pouquinho que seja no lugar desses judeus que sofreram tanto.

"Sou apenas um número. Você deviria saber disso. Foi você quem me deu."

Desgraça pouca é bobagem e já aviso logo que o choro é livre. Mas Ana você queria o que com um livro que fala sobre a Alemanha nazista? Eu sei, assumi por conta e risco a emoção do livro, só não contava que ia me envolver tanto assim com a história. Acho que por saber que isso realmente existiu e não é só ficção que me fez embarcar ainda mais na história.

Lale e Gita realmente existiu e a autora ficou 3 anos escutando Lale relatar sua história de amor e de coisas horríveis que ele viu e viveu naquela época. A autora conta com maestria esse romance histórico, a cada página virada queria saber como eles iriam sair dessa, como seria o final feliz desse casal? Será que teria? Fiquei realmente apreensiva, tanto que engoli o livro em apenas algumas horas. Aquela velha história, vou ler só os primeiros capítulos e ver como é, e quando eu vi já estava chorando e indicado a leitura para todas as amigas kkkk.

"Haverá um amanhã para nós. Na noite em que cheguei aqui, fiz uma promessa a mim meso que sobreviveria a este inferno. Vamos sobreviver e construiremos uma vida onde seremos livres para nos beijar quando quisermos, fazer amor quando quando quisermos."

Minha dica para essa leitura é não se apegar a nenhum personagem, muitos vem e vão. Como naquela época muita gente sumia do nada, eram mortos, eram transferidos, eram torturados e ninguém sabia para onde seu amigo ou familiar ia. Foi realmente devastador cada morte, cada sumiço. A emoção é em cada página, não teve um capítulo que a leitura ficou cansativa.



Agora vou falar desse casal que já na história me cativou, mas quando eu vi as fotos caiu a ficha que eles foram reais. Foi lindo ver o amor deles crescendo mesmo a tanta morte e da incerteza de estar vivo no outro dia. Vendo as fotos vejo que não é mentira todo o amor de Lale descrito no livro.

Lale era prisioneiros como os outros, mas como ele foi tatuador com certeza teve alguns pequenos privilégios. Como poder comer mais e um cobertor. Sim minha gente, questão básicas lá era luxo. Lale mesmo estando em perigo vai tentar ajudar como pode muita gente. Lale foi o anjo de muita gente naquela época, ele trocava jóias e dinheiro por comida. Dando assim um alento a muitos amigos prisioneiros.

"Quero esquecer onde estou e o que aconteceu com minha família. E quando ele me segura em seus braços, eu esqueço, apenas pro aqueles breves momentos. É errado da minha parte querer escpar da realidade um pouco."

Os personagens secundários vem e vão e ajudam a contar as atrocidades vividas por lá. Mesmo com muitos personagens em nenhum momento fiquei perdida, e sim sedenta em saber em como vão conseguir sair daquele inferno.

A capa eu acho linda e foi o que me chamou atenção para a história. O livro tem só 240 páginas que li em algumas horas. A autora tem uma escrita leve e de fácil entendimento, se você nunca leu sobre o tema não vai ficar perdida e vai entender tudo perfeitamente. Ao final tem um mapa do campo de concentração e fotos do casal Lale e Gia.



Me segurei durante a leitura inteira, mas foi na nota da autora que eu desabei e que deixei as emoções transbordarem. Foi nessa nota que caiu a ficha que Gita e Lale foram reais, aconteceu isso mesmo alguns anos atrás. Foram tantas mortes por nada, que acho que estava ficando igual Lale e me acostumando com o que era inevitável na época.

"Nações ameaçam outras nações. Elas têm o poder, elas têm as forças armadas. Como uma raça espalhada em múltiplos países pode ser considerada uma ameaça? Por mais que ele viva, seja pouco ou muito, ele sabe que nunca compreenderá aquilo."

O Tatuador de Auschwitz é um romance que vai de tirar do conforto e cutucar a ferida. Foi difícil, foi desesperador, mas era necessário a leitura e acho que todos tem que ler. A autora não vai poupar seu coração e você leitor vai se pegar lá na história querendo ajudar Lale e Gita de algum jeito. Melhor livro de 2018 disparado. Em tempos de eleição é perfeito para você assimilar como ficaria o Brasil com um ditador no comando. Você tem que ler e sentir também essa história.



4 comentários:

  1. Que resenha incrível, que livro incrível. Meu coração ficou apertado em ler seu relato imagine quando ler o livro. Eu gosto de ler sobre esse tempo apesar de ser tão cruel, de doer tanto e saber que foi real, mas essas pessoas que acreditaram e tiveram esperanças de serem livres me inspira demais. Amei e já anotei sua dica!

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br

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  2. Ah, Ana, conseguiu me tocar...
    Tenho um fraco por histórias que se passam nesse período, mas confesso que até então esse livro não tinha me chamado atenção.
    Mas agora já vai pra lista, ainda mais por ser real.
    Quero sentir toda essa emoção com essa história.

    Beijos

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  3. Não tinha me chamado atenção esse livro, mas tem uma pessoa indicando tanto ele, que já estou curiosa, ainda mais depois de ler essa resenha.

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  4. Faz tempo quero ler, mas ainda não tive oportunidade. Muitos livros na frente, mas vai chegar a hora dele. Bjus

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