Resenha: A Mulher na Janela - Não é Paranoia se Está Realmente Acontecendo - A. J. Finn

Título: A Mulher Na Janela - Não é Paranoia se Está Realmente Acontecendo.
Autor: A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Compre: Aqui



Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.







“Qual será o problema dessa casa? É nela que o amor se instala para morrer.”
Quem acompanha o blog sabe o quanto adoro livros de suspense, e quem tá aqui pela primeira vez deveria começar acompanhar o blog também kkkkk. Quando vi esse lançamento da Editora Arqueiro eu já tinha certeza que ia querer ler, e graças a Deus não me arrependi da leitura. Hoje após alguns dias e com uma baita ressaca literária, tô aqui tentando descrever um pouco do que senti lendo esse thriller.

A Mulher na Janela conta a história de Anna Fox, uma psicóloga infantil que após um trauma que desencadeou a Agorafobia ela vive trancada em casa por medo de sair. Então além das terapias para tentar superar a doença, ela também tem a companhia de uma câmera e com essa câmera ela fica "acompanhando" a vida dos seus vizinhos. Além do trauma que viveu, Anna também vive sozinha, já que depois do incidente seu marido e filha foram embora e se comunicam com ela raramente. Nos dias atuais ela só recebe a visita da fisioterapeuta e do seu psicólogo.
“Como médica, digo que o paciente precisa estar num ambiente que ele seja capaz de controlar. Essa é a minha avaliação clínica. Como paciente, digo que a agorafobia não veio para destruir minha vida: ela agora é a minha vida.”
Antes de continuar com a resenha vou deixar aqui um trecho de uma matéria que fala sobre Agorafobia, que é o problema psicológico que ela tem.

A agorafobia é outro distúrbio de ansiedade que, na maioria das vezes, está associado às crises de pânico. Formada por dois radicais gregos – ágora, nome dado às praças onde se realizavam trocas de mercadorias ou reuniões do povo e fobós, que quer dizer medo, – inicialmente, a palavra era empregada para indicar o medo que as pessoas sentiam em lugares abertos. Hoje, o significado é muito mais amplo. Segundo o “Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiatra Americana (DSM-IV)”, a palavra é usada para definir comportamentos de esquiva, que aparecem quando a pessoa se encontra em situações ou locais dos quais seria difícil ou embaraçoso escapar ou mesmo receber socorro se algo de errado acontecesse. Nos casos mais graves, a agorafobia compromete a vida social e profissional dos pacientes.




Voltando a resenha, durante toda a leitura é bem nítido todos os medos e transtornos da Anna, e com isso nos vemos junto com ela dentro de casa e "observando" a vida dos outros. A vida de Anna se encontra um tanto quanto monótona, até que "algo" acontece e transforma a vida dela da água para o vinho.

E é nesse momento que chegamos ao ápice do livro, onde nos mesmo desconfiamos do que estamos lendo, já que a personagem mistura os remédios com vinho. Será que realmente o que lemos é verdade, ou estamos enganados como a Anna?

E foi nessa confusão toda e essa brincadeira com a mente que o autor consegue fazer o leitor desconfiar de algo que você vai jurar que estava certa. O autor planta a semente da dúvida e você não vai conseguir largar a leitura até descobrir se estava certa ou errada.

Não vou mentir que o começo do livro foi um tanto quanto massante, e até pensei em desisti da leitura. Mas ainda bem que não fiz isso, porque no momento que "algo" acontece me vi tão presa na história que deixei até a comida queimar kkkkk.



O livro foi escrito todo em primeira pessoa e durante a leitura não encontrei erros ortográficos. A capa é tão simples, mas tem tanta ligação com o livro que não tem como não amar. Os personagens secundários são extremamente importantes, e não se deixe enganar, pois até o personagem que aparece menos tem uma importância incrível.

“Nem lembro a última vez que alguém segurou a minha mão.”
Outro detalhe que eu amei foi o amor de Anna por filmes de suspense. Durante a leitura reconheci alguns filmes que ela assistia e fiquei curiosa com outros filmes que ainda não  assisti. Falando de filme não posso deixar de citar Janela Indiscreta, clássico de Hitchcock, que por mais que tenha leve semelhança, ainda assim o título me fez lembrar dele quase de imediato.

A Mulher na Janela é um livro que vai te fazer duvidar do que lê e te fazer repensar o que acreditou. Uma história que vai te deixar de boca aberta, além de te fazer pensar duas vezes antes de confiar ou desconfiar de alguém.





7 comentários:

  1. Oi, Raquel.

    Um livro que mistura delírio (vamos dizer assim) e realidade, costuma prender o leitor até a última página. E esse parece ser o caso desse livro. 😍

    Após ter, supostamente presenciado algo terrível, fica difícil, eu diria até para a Anna, acreditar em suas próprias nuances. E traz questionamentos sobre sua mentalidade, então fica difícil distinguir tudo.

    Tô ansiosa para lê-lo!

    ResponderExcluir
  2. Uau! Já tinha lido algo a respeito desse livro e fiquei interessadíssima em ler. Agora então, mais ainda, sabendo que pode ou não ser real. Amo suspense, amo hitchcock e assisti janela indiscreta um monte de vezes. Quero demais ler. Bjus.

    ResponderExcluir
  3. Olá Raquel!
    Adoro qdo livros trazem essa loucura para os leitores, brincando com a mente da gte...Faz um bom tempo que não leio um livro do gênero, por isso desde que li uma resenha desse livro tenho interesse em conhecer o enredo, parece que o autor acertou em cheio, espero ler logo.
    bjs!

    ResponderExcluir
  4. Oi Raquel,
    Thrillers sempre são uma aposta alta para mim, pois amo o gênero e são histórias que me cativam do começo ao fim. A premissa de A mulher na janela, por mais que eu tenha achada parecida com a de A garota no trem, me apresenta elementos tando diferentes quanto do cotidiano de uma pessoa com problemas na vida pessoal, esses sérios e que, com certeza são fundamentais para a construção dessa história. A parte psicológica do livro faz com que a narrativa não seja totalmente confiável o que faz, também, com que a história envolva mais o leitor na trama, pois há muitas teorias e mistérios a serem descobertos. Se eu já estava curiosa sobre o desenrolar dessa aposta da Arqueiro sua resenha só reforçou isso.

    ResponderExcluir
  5. Próximo da minha lista. E pensei em Hitchcock na hora também! Obs: Cheguei no blog hoje e estou adorando!

    ResponderExcluir
  6. Eu tô de olho nesse livro desde que ele foi lançado no exterior Quando anunciaram a publicação aqui no Brasil eu fiquei super empolgada eu adoro um suspense psicológico e Tô muito ansiosa em ler esse livro

    ResponderExcluir
  7. eu tô lendo esse livro atualmente e estou realmente achando q ela n tá doida sabe? mas se eu tiver errada eu dou na cara dela XD
    Seguindo o Coelho Branco

    ResponderExcluir