Resenha: Quando Eu Parti

Título: Quando Eu Parti
Autora: Gayle Forman
Editora: Record
Páginas: 305


Maribeth Klein tem a própria cota de problemas: do marido omisso até a chefe e ”ex-amiga” Elizabeth, passando pelos gêmeos superativos. Ela está sempre tão ocupada que mal percebe um ataque cardíaco. Depois de uma complicação inesperada no procedimento cirúrgico, Maribeth começa a questionar os rumos que sua vida tomou e faz o impensável: vai embora de casa. Longe das exigências do marido, filhos e carreira, e com a ajuda de novos amigos, ela finalmente é capaz de enfrentar o passado e os segredos que guarda até de si mesma. Quando um coração falha, não é apenas o corpo que trai. Mas sonhos desfeitos, amores não vividos, destinos cruzados.











" Ela só queria que alguém a colocasse na cama e lesse uma história com final feliz."


Muitas vezes não sei o que é pior, fazer uma resenha onde o livro é tão bom que você não consegue se expressar bem o suficiente, ou fazer uma resenha quando o livro não te comoveu. Eu tentei de todas as formas me comover com esse livro e em muitos momentos tentei entender a personagem, alguns momentos até entendi, mas em outros não rolou.

Eu particularmente tenho sérios problemas com a escrita em terceira pessoa, não é sempre que eu consigo me conectar tão bem com personagens como deveria e infelizmente foi isso que eu senti que aconteceu com esse livro. Não é um livro ruim, tenho certeza que várias pessoas vão adorar essa leitura, acredito que seja mais algo pessoal meu com a leitura.


" Na produção-para-a-TV de Maribeth, ela era a vilã."


Maribeth é editora chefe, casada e mãe dos gêmeos de quatro anos. A vida dela é a correria típica de toda mulher/mãe que trabalha fora, que quando chega no fim do dia às vezes parece que tem mais coisas pra fazer em casa do que fez o dia inteiro na rua. Após passar por uma complicação inesperada em um procedimento cirúrgico, ela começa a ter uma crise existencial e decide que precisa viver em uma bolha sozinha. Ela definitivamente foge, deixando somente um bilhete para seu marido.

"A mulher exausta,multitarefa. Uma ida ao hospital e parece que está tirando férias definitiva, Um chance de ser cuidada ao invés de cuidar dos outros. E sem culpa ainda por cima."


Em vários momentos entendi a personagem em querer ter um tempo só pra ela, acho mais que justo isso, porém a forma que aconteceu e a forma que ela se manteve distante me deixou meio sei lá, posso até dizer que chateada. A autora quis passar de alguma forma o desejo que toda mulher tem de ter um espaço só pra ela, de ter o apoio do marido e tudo mais, porém nesse caso acho que a autora enfeitou casos do cotidiano que não precisavam.


Eu comecei a me interessar realmente pelo livro depois que já tinha passado da metade da leitura dele, antes disso achei a Maribeth que mais parecia uma adolescente do que uma mulher madura de 40 anos.


"Às vezes a melhor maneira de dominar algo é começando pelo início."



O que eu adorei nesse livro foram os personagens secundários, todos eles tiveram extrema importância na vida de Maribeth e de alguma forma todos foram importantes para ela se auto redescobrir. Foi o que me manteve firme na leitura, senti até falta de saber mais dos personagens secundários no final.





Na sinopse do livro se fala de um segredo e na hora que eu comecei a ler torci pro segredo ser bombástico, mas mais uma vez me deixou meio: "Hã, cade? É isso? Aff!" além do final ter ficado em aberto, não sei se intencional pra autora de repente dar uma continuidade ou se como imagino, pra mostrar que a vida nunca para.

"Como é possível amar tanto alguém? Isso deixa você vulnerável demais. Foi quando entendi o segredo fatal do amor de uma mãe: você os protege para proteger a si mesma."


A capa eu achei simples e linda, não precisou de nada chamativo pra realmente chamar minha atenção. A diagramação e a revisão estão lindas também. Tirando esse pontos que citei o livro em alguns momentos me prendeu, pois senão teria abandonado a leitura. A Gayle de alguma forma conseguiu mesmo que eu não concordasse com as atitudes da personagem me fazer compreender. No final a autora transmitiu o felizes para sempre que a personagem precisava para ser feliz com ela mesmo, e assim conseguir ser feliz com os outros.

" A verdade o libertará, mas primeiro o deixará infeliz..."

Um livro que vai fazer você repensar no dia a dia, além de mostrar que quando temos uma segunda chance na vida precisamos aproveitá- la o máximo possível. Um livro pra mostrar o cotidiano de uma mulher que precisa não só de amor, mas também precisa muitas vezes ficar sozinha em uma bolha, pra depois voltar com força total pra rotina do dia a dia. Um livro que vai fazer você repensar suas atitudes como mãe, esposa e mulher.









10 comentários:

  1. Oi Raquel. Ao contrario de você, a capa não chamou minha atenção; talvez parasse pra Ler a sinopse por causa do titulo, que desperta uma curiosidade.
    Mas ao ler sua resenha essa vontade sumiu. Não gostei de como a leitura se desenvolve, o estilo do livro. Infelizmente tenho alguns livros aqui que são assim, parecem ser bons, mas não são. E isso que eu senti ao ler sua resenha.

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  2. Oii!

    Não sei se me interessaria pela leitura, pois já de cara eu não curti muito. Sei que muitas mulheres tem vontade - às vezes - de jogar tudo para o alto e fugir, mas quando colocado no papel fica difícil de aceitar. Acho que a minha visão de liberdade não me permite aceitar muito essa personagem. Bom, pelo que entendi não sou só eu que não curti o livro.

    beijos

    http://mecontanoblog.blogspot.com.br

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  3. Oi Raquel, essa é a primeira resenha que leio desse livro e infelizmente nada me despertou interesse, acho até legal e concordo que muitas vezes precisamos dar um tempo, mas não sei se fugir da família é o certo. Gostei de saber que os personagens secundários seguram o "rojão" e permitiram que você mantivesse o interesse na história. Acho que não leria esse livro agora, mas quem sabe em algum momento do futuro eu não mude de ideia ;)

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  4. Raquel!
    O que estranhei é que a autora sempre traz temas forte em seus livros e pelo visto nesse isso não acontece.
    Parece apenas a rotina de uma mãe/esposa cansada e abandona tudo para ter um tempo consigo mesma.
    “Não pedi coisas demais para não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está tão ocupado.” (Clarice Lispector)
    FELIZ 2017!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  5. Não gostei da capa e não fui muito com a cara da protagonista kk não conheço a autora mas ou procurar outros livros dela.

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  6. Olá, Raquel.
    Não sei se vou ler esse livro. Diferente de você eu gosto de narração em terceira pessoa. Mas só teve isso que me interessou no livro. Odeio finais abertos e também livros que prometem um segredo e não é tudo aquilo que a gente esperava. Gosto da autora, mas não sei se leria esse.

    Blog Prefácio

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  7. Oi, tudo bom?
    Gostei da resenha, mas pelo visto o livro também não vai me convencer, mas acredito que entendo o que a nossa protagonista passa, realmente as vezes necessitamos fugir de tudo e ficar sozinhas um pouco, quem sabe mais para frente eu venha a ler, pois ainda não li nenhum livro da autora.
    Beijos

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  8. Gosto muito dessa autora, só li um livro dela, quero ler mais.

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  9. Oi!
    Faz um tempo que vi esse livro e até agora não foi uma historia que me chamou atenção, não gostei muito desse enrendo ainda mais com o final aberto e a protagonista não me conquistou, mas gostei de saber que os personagens secundários são trabalhados e podemos conhecer suas historias !!

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  10. Não curti muito esse livro, ja li muitos livros com temáticas de repensar a vida, acho que enjoei um pouco de livros assim.

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