Resenha: O Fundo é Apenas o Começo - Neal Shusterman

Título: O Fundo é Apenas o Começo 
Autora: Neal Shusterman 
Editora: Valentina 
Páginas: 272
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Uma poderosa jornada da mente humana, um mergulho profundo nas águas da doença mental.
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CADEN BOSCH está a bordo de um navio que ruma ao ponto mais remoto da Terra: Challenger Deep, uma depressão marinha situada a sudoeste da Fossa das Marianas.
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CADEN BOSCH é um aluno brilhante do ensino médio, cujos amigos estão começando a notar seu comportamento estranho.
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CADEN BOSCH é designado o artista de plantão do navio, para documentar a viagem com desenhos.
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CADEN BOSCH finge entrar para a equipe de corrida da escola, mas na verdade passa os dias caminhando quilômetros, absorto em pensamentos.
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CADEN BOSCH está dividido entre sua lealdade ao capitão e a tentação de se amotinar.
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CADEN BOSCH está dilacerado.
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Cativante e poderoso, O Fundo é Apenas o Começo é um romance que permanece muito além da última página, um pungente tour de force de um dos mais admirados autores contemporâneos da ficção jovem adulta.
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 Olá, leitores!
Começando a semana indicando esse livrão. O Fundo é Apenas um Começo é aquele livro que vai te fazer parar para pensar e entrar nem que seja por um pouquinho na cabeça de quem tem uma doença mental. Nunca li um livro com esse enredo e confesso que gostei bastante. Vem comigo que te conto tudo nessa resenha.

"O que acontece quando o seu universo começa a sair do ponto de equilíbrio e você não tem a menor experiência em reconduzi-lo ao centro? Só pode dar murro em ponta de faca, esperando que as paredes desmoronem e a sua vida se torne um grande cinzeiro misterioso." 

O Fundo é Apenas o Começo é um livro do autor Neal Shsuterman, lançamento da Editora Valentina. O autor tem outros livros publicados, como Fragmentados pela editora Novo Conceito e O Ceifador pela editora Seguinte. Nesse livro foi meu primeiro contato com o autor e confesso que gostei bastante da escrita dele. O Fundo é Apenas o Começo é diferente desses outros dois livros que você já deve conhecer, porque além de ficção, ele vai falar de algo pessoal que acontece na família dele e que pode está acontecendo com alguém perto de você, que é a doença mental e até onde essa doença pode afetar a vida das pessoas ao seu redor e seus familiares.

O livro conta a história de Caden Bosh que pouco a pouco está se perdendo na sua mente. Uma hora ele está no navio com piratas e em outro ele está no mundo real, onde ele não está mais conseguindo saber o que é real ou não, seus sonhos e suas visões vão se misturando. Certas vezes até eu fiquei confusa querendo saber se acreditava ou não como a história se desenrolava. O autor conseguiu me pregar peças durante a leitura e junto com Caden fui descobrindo como é estar na mente de alguém que sabe que está indo pro fundo do poço da mente.

Sabe aquele livro que você começa com o pé atrás e pensa que não vai gostar tanto assim da história? Então, cai do meu cavalo direitinho. Cada capítulo é curtinho e só você piscar perdeu. Caden esta com a mente a mil e a cada hora em um lugar diferente. Hora ele está nos dias de hoje, em outra no navio e em outra querendo decifrar as peças que sua mente prega.

"Há momentos em que me sinto como se fosse o garoto gritando no fundo do poço, e o meu cachorro sai correndo para mijar numa árvore em vez de ir buscar socorro."

Caden é um adolescente que tenta levar uma vida normal, mas pouco a pouco na história a doença vem se mostrando e vemos cada etapa da evolução da doença até chegar no estágio mais crítico. Esse personagem desde do começo me cativou e despertou diversos sentimentos em mim, ri e ao mesmo tempo fiquei com o coração na mão por causa desse carinha. Se preparem para uma leitura instigante e intensa.



Os personagens secundários aparecem bastante como Capitão, o papagaio que estão na sua mente e sua família que vão estar ali sempre no lado de Caden. Mesmo a família aparecendo pouco eu adorei como sempre apoiaram Caden, mesmo quando tudo ficou mais difícil.

"Sempre procuramos os sinais que perdemos quando algo dá errado. Viramos verdadeiros detetives tentando resolver um crime, porque talvez, se descobrimos as pistas, tenhamos algum controle sobre a situação."

Na capa e em todo livro tem ilustrações de filho do autor Neal, que é Brendan Shusterman. Brendan é esquizofrênico e as ilustrações foram feitas em seu momento de crise. No final da história tem uma nota do autor falando mais de seu filho e da doença, não deixem de ler também.

Desculpe essa resenha meio vaga é que estou ainda absorvendo o impacto que foi esse livro. Minha dica é que leiam, leiam devagar, parando e pensado como dever ser não poder confiar em sua própria mente, não poder confiar no que ver ou que ouve. Como eu falei para minha amigas: UM LIVRÃO, SÓ LEIAM!

O Fundo é Apenas um Começo é aquele livro que vai te conquistando a cada página e que você vai querer ter na sua cabeceira. Uma linda história que me fez para pensar e mais do que isso, me fez entrar no mundo que nunca imaginaria conseguir em um livro. Indico fortemente a leitura para quem gosta do tema ou para quem assim como eu não tenha lido nada sobre isso.

"Garotos mortos são postos como em pedestais, mas garotos com doenças mentais são varridos para debaixo do tapete."

Indico o livro também para quem conhece alguém com alguma uma doença mental e para quem não conheça saiba como é estar na pele de sua família até do próprio doente. Leitura mais do que recomendada para todos e que com certeza gostaria de ver nas telonas.






7 comentários:

  1. Li uma resenha desse livro e já estou louca para lê-lo! Adoro livros que te coloquem na pele de outra pessoa, principalmente quando essa pessoa tem alguma doença! Nunca li nenhum livro sobre esquizofrenia, por isso estou mais ainda interessada nele! Tenho certeza de que vou gostar demais desse livro(e de que vou me emocionar muito também)!!

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  2. Oi, Ana Carolina.

    Realmente, dá pra perceber que o Caden vive em constante luta contra a imaginação versus realidade, né?

    Embora, por outro ângulo, tudo poderia ser visto como algo merecedor de atenção.

    E, uau, é realmente um livro profundo por tratar essa questão da esquizofrenia.

    Esse é um tema que me interessa, por isso, quero muito lê-lo.

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  3. Olá Ana!
    Nunca tinha ouvido flar desse livro, me pareceu ser mto bom, ainda mais com um tema tão delicado desse que a gte presencia no dia-a-dia, me chamou mta atenção, a leitura parece ser fluída e eu gosto qdo livros trazem essas questões para o leitor ficar pensando depois, vai para os meus desejados.
    Bjs!

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  4. Uau!!!! Eu adorei o enredo. Gosto muito de leituras que nos traz algo de real para pensar. As doenças mentais estão por todo lado e sempre é muito bom estar por dentro para que possamos ajudar alguém que esteja passando por ela. Este, com certeza, vai ser minha proxima compra. Bjus.

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  5. Só o próprio nome do livro já é um impacto, UAU! Nunca li nenhum livro nesta temática, mas fiquei bem intrigada com a resenha, as frases em destaque que você citou, já me deixaram de boca aberta. Não conheço ninguém que sofra desta doença, mas a profundidade do assunto me deixou curiosa para conhecer mais deste universo. Não sabia que Neal tinha um filho com problemas de esquizofrenia, mas achei super legal da parte deles em compartilhar do assunto com nós, leitores.

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  6. Lendo a resenha eu fiquei me perguntando se a história era real, mas enfim, independente de ela ser real ou não, essas oscilações infelizmente podem acontecer com o ser humano!! E aí vem outra pergunta, qual a causa de tudo isto? Como sair desse fundo? Por que as consequências elas são cruéis e devastadoras!!

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  7. Oi Ana,
    Neal Shusterman é, oficialmente, um dos autores que mais quero conhecer a escrita, pois ele tem uma escrita e histórias peculiares e que me deixa muito curiosa. Trabalhar com a mente humana é difícil e trazer isso em uma história é mais ainda, pois aos mesmo tempo em que é possível explorar a ficção tem que ter um pouco de realidade para o enredo funcionar. Já me sinto aflita com a condição de Caden ao mesmo tempo em que fico intrigada sobre sua mente (sobre o que é real e o que não é). Adoro que os capítulos sejam curtos, pois a história flui bem melhor e amei saber que as ilustrações foram feitas pelo filho do autor. Certamente esse livro tem um significado maior para o autor.

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