Resenha: As Horas Vermelhas - Para que Servem as Mulheres? - Leni Zumas


Título: As Horas Vermelhas - Para que servem as mulheres?
Autora: Leni Zumas
Editora: Planeta dos Livros
Páginas: 336
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Neste romance ferozmente imaginativo, o aborto é mais uma vez ilegal nos Estados Unidos, a fertilização in vitro é proibida e uma emenda constitucional concede direitos de vida, liberdade e propriedade a todos os embriões.
Em uma pequena cidade pesqueira no Oregon, cinco mulheres muito diferentes vivem os dramas causados por essas novas imposições do governo enquanto levantam tradicionais questionamentos relacionados à maternidade, identidade e liberdade.
Ro, uma professora solteira de ensino médio, está tentando ter um bebê sozinha, enquanto também escreve a biografia de Eivør, uma exploradora polar pouco conhecidas do século XIX. Susan é mãe frustrada de dois filhos, presa em um casamento prestes a ruir. Mattie, filha adotiva de pais apaixonados e uma das melhores alunas de Ro, descobre estar grávida sem saber a quem recorrer. E Gin é a talentosa curandeira da floresta, responsável por juntar os destinos dessas mulheres quando é presa e levada a julgamento em uma caça às bruxas moderna e frenética.





"Dizem que somos programados para querer repetir. Para querer semente e solo, ovo e casca; pelo menos é o que dizem."

As Horas Vermelhas era um livro que eu estava ansiosa para ler desde o lançamento por ser um assunto do meu interesse, infelizmente minhas expectativas foram muito alta com esse livro.

Nesse livro o aborto se torna totalmente ilegal nos EUA mais uma vez, após o novo presidente assumir o cargo, com isso além do aborto, a fertilização in vitro também é proibida, deixando a mulher sem direito no seu próprio corpo e adoção para mulheres solteiras também está proibida.

O Canadá junto com os EUA criou o Muro Rosa, que é uma forma de impedir as mulheres de irem até lá para fazer o aborto, "devolvendo" elas para os EUA como criminosas caso isso aconteça.



O livro tem quatro personagens principais: a Biografa, a Esposa, a Reparadora e a Filha.

Ro a  Biografa, ela é um professora de história, está escrevendo a biografia de Eivor uma exploradora polar do século 19, e esta em tratamento para engravidar via inseminação artificial, porém a nova lei pode alterar os planos dela.
Susan a Esposa se vê em um casamento fracassado, mãe de duas crianças ela já não se sente feliz no casamento e está sempre tentando "melhorar" o casamento já falido, porém, essa melhora sempre parte dela o marido muitas vezes parece que não está nem aí.
Matilda a Filha é uma adolescente de 15 anos que se encontra grávida e sem saber o que fazer, já que é uma gravidez indesejada. Ela é filha adotiva e tem medo da decepção que vai causar aos pais.
Gin a Reparadora, é uma curandeira da floresta, além de curandeira ela "guarda" a sua tia morta no freezer da casa dela. Gin é considerada uma bruxa pela sociedade local e vai ser acusada de realizar abortos ilegalmente.

"Facilitadores de aborto podem responder por homicídio doloso, e as mulheres que o procuram, por conspiração para praticar homicídio. A fertilização in vitro também está banida em nível federal, porque a emenda proíbe a transferência dos embriões do laboratório para o útero. (Os embriões não podem dar seu consentimento à mudança.)" 

O livro é todo escrito em terceira pessoa e é alternado com todas as personagens, eu me apaixonei pela capa e durante a leitura não encontrei erros ortográficos.

Como disse no começo da resenha, acho que minhas expectativas foram muito altas ou não era meu momento para ler esse livro. Durante toda a leitura demorei para me conectar com os personagens tornando isso uma leitura lenta, talvez não tenha sido o meu melhor momento para ler esse livro.



O livro traz diversos temas importante e polêmicos, princialmente com o presidente atual dos EUA e com o nosso também, é impossível não associar muitas das coisas citadas com a nossa atualidade.
As Horas Vermelhas é um livro que vou tentar reler futuramente e acredito que todos que gostam desse tipo de distopia deveriam dar uma chance também.





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