Resenha: Tomates Verdes Fritos No Café da Parada do Apito - Fannie Flagg

Título: Tomates Verdes Fritos No Café da Parada do Apito
Autora: Fannie Flagg
Editora: Globo Livros
Páginas: 432
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Tomates verdes fritos: a obra-prima que deu origem ao filme homônimo dos anos 1990 e encantou diversas gerações.
Combinando humor irresistível a uma narrativa comovente, Fannie Flagg conta a história do Café da Parada do Apito, em um vilarejo isolado do Alabama – um dos estados mais pobres e repressivos dos Estados Unidos, marcado por sua rígida observação dos papéis sociais e sexuais e por uma inexorável hierarquia racial. Inaugurado pelo singular casal formado por Ruth — doce e reservada — e Idgie — ousada e libertária –, o Café torna-se ponto de encontro para os tipos humanos mais diversos e improváveis: sonhadores extravagantes, bandidos insólitos, sem-tetos vítimas da Depressão.
Fannie Flagg usa capítulos curtos que alternam épocas — a década de 1980, as primeiras décadas do século XX, os anos 1930 — e histórias superpostas para criar um rico painel humano e social. O livro mistura as histórias do Café com os encontros casuais entre a dona de casa infeliz Evelyn Couch e a octogenária sra. Threadgoode numa casa de repouso. As protagonistas das memórias da sra. Threadgoode são Idge e Ruth, que quebram convenções e enfrentam todo tipo de ameaças e preconceitos. Ao longo de suas conversas, Evelyn acaba recuperando sua identidade e a Sra. Threadgoode retoma seu próprio passado.
Crônica de nostalgia e doçura, Tomates verdes fritos no café da Parada do Apito é uma deliciosa narrativa de amor, alegria e força que não nos deixa esquecer o maior segredo da vida: a amizade.



"Na Parada do Apito os tomates são maravilhosos - experimentem! Aceitam alguns Tomates verdes fritos, fresquinhos, servidos no café da manhã? Aceitem... Vão adorar!"
O livro Tomates Verdes Fritos foi publicado originalmente em 1987, e em 1991 deu origem ao filme que foi um sucesso na época. Esse ano a Editora Globo Livros republicou o livro e eu tive o prazer de conhecer essa linda história.

O livro inicia nos anos 90 com Evelyn uma dona de casa insatisfeita, que tem como "obrigação" visitar semanalmente a tia do marido, e durante essa visitas ela conhece a Sra Threadgoode, uma senhora no auge dos seus 82 anos e cheia de história pra contar, e nessas visitas a Sra Threadgoode vai contar para a Evelyn a história de Ruth e Idgie. Junto com Evelyn vamos viajar no tempo e vamos lá para os anos entre 1920, e vamos para Parada do Apito em Alabama.

Conhecer a história de Ruth e Idgie foi totalmente surpreendente. Ruth e Idgie são um casal lésbico e vivem em uma época racista e totalmente preconceituosa, já que na época elas eram até proibidas de deixarem negros entrarem no estabelecimentos delas. Mas elas, princialmente Idgie nunca foi muito fã de seguir regras, então sempre deu seu jeitinho de ajudar e acolher todos aqueles que precisavam no seu Café que acaba se tornando ponto de encontro para todos entre sonhadores extravagantes, bandidos insólitos, sem-tetos, vítimas da Depressão,  além disso também acompanhamos como surgiu e continuou esse relacionamento entre elas.

Durante toda a leitura acompanhamos também um pouco da vida de Evelyn e seus dilemas com sua vida pessoal e também acompanhamos um pouco da vida da Sra Threadgoode que já vive no asilo, e mesmo com um humor maravilhoso, sabemos que está envelhecendo rapidamente.



O livro é escrito todo em terceira pessoa alternando os ponto de vista entre a Sra Threadgoode, Evelyn, Ruth e Idgie, e em alguns capítulos também temos outros personagens secundários, esse que sem sombra de dúvidas tem importância em todos os momentos.

Não posso deixar de citar que temos capítulos com os trechos dos jornais de Dot Weems contando as fofocas da cidade com todo seu humor. Durante a leitura não encontrei erros ortográficos, fazendo a leitura ainda mais agradável e no final do livro temos as receitas do cardápio que era servido no Café.

"É engraçado como a maior parte das pessoas pode estar perto de alguém e gradualmente começar a ama-ló, sem jamais perceber exatamente quando foi que isso aconteceu..."

Mesmo com algumas palavras e expressões que tenham me incomodado, sei que eram muito utilizadas na época que se passa o livro, então só tornou a leitura ainda mais real, mostrando a realidade de uma época sofrida, mas que muitos ainda tinham esperança de um futuro melhor.

Esse livro por ter originado o filme, acredito que muita gente já tenha assistido, mas pode ter pessoas como eu que ainda não assistiu ou que não lembre de ter assistido, então não vou me prolongar na resenha pra evitar spoilers.



Um livro que sem dúvidas foi uma grande surpresa e me fez enxergar ainda mais a discriminação de outra época. Uma leitura que é garantia de risos, suspiros e com certeza aquele aperto no peito, mas que em cada capítulo deixa uma mensagem linda de amizade, amor e esperança.


2 comentários:

  1. Oi Raquel.
    Eu já assisti ao filme umas duas ou três vezes e gosto muito do ritmo da história e dos personagens. Ele souberam retratar muito bem a época. Eu não sabia que tinha livro. Colocando na lista.
    Bjus
    www.docesletras.com.br

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  2. O título é bem curioso.
    E me surpreendi ao saber do conteúdo do livro, entender como foi a vivência de outra época é muito bacana, e nos ajuda a não repetir os mesmos erros.

    Beijos

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