Resenha: Os Imortalistas - Chloe Benjamin

Título: Os Imortalistas
Autoras: Chloe Benjamin
Editora: HarperCollins Brasil
Páginas: 337
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É 1969 no Lower East Side de Nova York e os rumores na vizinhança são sobre a chegada de uma mulher mística, uma vidente que se diz ser capaz de dizer a qualquer um qual será o dia de sua morte. As crianças Gold – quatro adolescentes que estão começando a conhecer a si mesmos – saem de casa sorrateiramente para saber sua sorte. As profecias informam as próximas cinco décadas de sua vida. Simon, o menino de ouro, escapa para a costa oeste, procurando por amor na São Francisco dos anos 80; a sonhadora Klara se torna uma ilusionista em Las Vegas, obcecada em misturar realidade e fantasia; Daniel, o filho mais velho, luta para se manter seguro como um médico do exército após o 9 de setembro; e Varya, a amante dos livros, se dedica a pesquisas sobre longevidade, nas quais ela testa os limites entre ciência e imortalidade.

"Por quanto tempo ele odiou a mulher também. Ele se perguntava: como ela podia dar um destino tão terrível para uma criança?  Mas agora pensa nela de forma diferente, como uma segunda mãe, ou um deus, ela o mostrou a porta e disse: Vá."

Os Imortalistas foi o lançamento de julho da HarperColllins Brasil, mas com a correria da Bienal só consegui ler agora. O livro conta a história de quatro crianças que decidem ir até uma vidente que com os rumores da cidade dizem que ela pode informar a data de sua morte. E é com essa descoberta que esse livro se inicia.

A história foi dividida em quatro partes e em cada parte conta a história de uma das crianças. Simon, Klara, Daniel e Varya, e mostra como foi a vida delas após essa revelação, ou seja, vamos acompanhar eles entra a adolescência e a idade já adulta.

Simon aos seus 16 anos vai embora de casa junto com sua irmã Klara, o sonho dele é viver um amor e ele pretende encontrar isso em São Francisco. A história de Simon se passa por volta dos anos 80, durante seu período em São Francisco ele vai descobrir muitas outras coisas além do amor.

Klara sempre sonhou em ser ilusionista e quando ela vai para São Francisco com seu irmão Simon, ela descobre que esse sonho não vai ser tão fácil quanto ela imagina, após um período Klara tenta fazer carreira em Las Vegas.

Daniel se torna médico do exercito e luta diariamente pra não pensar no que a vidente um dia disse para ele.

Varya é louca por livros, e após alguns anos ela se tornou uma cientista conhecida por pesquisas sobre longevidade, pesquisas essa que podem trazer muitas coisas do passado a tona.

“... Sempre, é assim: a família que a criou e a família que ela criou, puxando-a em direções opostas.”

Pode parecer estranho eu não me aprofundar nos personagens, mas estou tentando não dá nenhum spoiler, e se eu falar muito deles com certeza vou soltar algo que eu não deva.

O livro foi todo escrito em primeira pessoa, e com a introdução deles conhecendo essa vidente, o livro foi dividido em quatro partes cada um do ponto de vista de um irmão diferente.
O livro segue uma linha cronológica constante, ou seja cada parte continua de onde a anterior parou, com poucas vindas ao passado, não deixando a leitura cansativa com idas e vindas.

A capa dele linda e além de ser de capa dura, a editora caprichou nos detalhes tanto da capa quanto nos detalhes interno. Durante a leitura não encontrei erros ortográficos e a diagramação está linda como já disse.

Os personagens secundários dessa trama tem tanta importância e são tão bem encaixados, que muitas vezes eu me senti como lendo o diário de uma família, a forma como o autor conseguiu transformar uma ficção em um livro que parecia de a história de uma família foi perfeito.

Esse livro foi uma surpresa pra mim, eu quando comecei já tinha visto algumas indicações positivas, mas durante a leitura que eu realmente descobri os motivos das indicações.

“É a profecia também, algo que ele gostaria de esquecer, mas que em vez disso o seguiu por todos esses anos. Ele odeia aquela mulher por ter dado isso a ele, e odeia a si mesmo por acreditar nela. Se a profecia é uma bola, sua crença é uma corrente; é a voz em sua mente dizendo corra, dizendo mais depressa, dizendo, acelera."

A premissa desse livro vai muito além da previsão de sua morte, o autor além de abordar os tramas de uma família que passa por diversas provações, ele também abordou temas polêmicos da época, e fez algumas críticas nas entrelinhas da história.

O que você faria se soubesse o dia da sua morte? Viveria ao máximo ou continuaria vivendo como está? Os Imortalistas conseguiu passar sua mensagem, que é pra viver cada dia como se fosse o último. Pode até parecer clichê essa mensagem, mas ela é tão importante que as vezes deixamos de lado.