Resenha: Passarinha - Kathryn Erskine

Título: Passarinha
Autora: Kathryn Erskine
Editora Valentina
Páginas: 224
Compre: Aqui


No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai – a si mesma e todos a sua volta –, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido.

Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo.

Um livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.


"Embora eu não achasse que iria gostar da empatia ela é uma coisa assim que chega sem avisar e faz você sentir um calorzinho gostoso no Coração. Acho que não quero voltar para uma vida sem empatia."


Olá leitores, tudo bem?

Hoje vim falar com vocês de Passarinha, um dos livros mais tocantes que li esse ano e sem dúvidas uma das minha melhores leituras de 2020.

Em Passarinha vamos conhecer Caitlin, uma garota de 10 anos que tem Síndrome de Asperger. Ela e seu pai acabaram de passar por uma perda enorme. Devon, seu irmão mais velho, morreu durante o massacre em um escola, e agora ela precisa aprender a lidar com o que está acontecendo.


Caitlin tem dificuldades em socializar e muitas vezes não sabe expressar nem reconhecer os sentimentos alheios, tudo para ela é preto no branco e agora ela perdeu a pessoa que mais ajudava ela a lidar com todos seus conflitos.

Caitlin quer ajudar seu pai e a si mesma, mas ela ainda não sabe como, até que um dia Caitlin descobre a palavra "desfecho", e a partir desse momento ela sabe que é isso que ela e seu pai precisam, mas não sabe ainda como conseguir.


O livro é todo narrado por Caitlin e a gente sente isso em cada linha, afinal como estamos na "cabeça" de um criança o livro segue uma linha mais infantil e sem se preocupar com pontuações.

Entrar na cabeça de Caitlin ao mesmo tempo que é emocionante é também fascinante, acompanhar ela em todo seu aprendizado e descoberta é algo que mexe com a gente. Aprender junto com Caitlin é algo tocante, porque a gente fala sempre sobre empatia, se colocar no lugar do outro, mas explicar isso para ela é algo totalmente diferente.

"A gente não deve sorrir quando faz alguma coisa errada porque um sorriso é para mostrar que a gente está sendo legal."

A autora conseguiu nesse livro abordar todos os sentimentos possíveis de uma forma simples e tocante. Os personagens secundários aqui são de extrema importância tanto para a evolução da Caitlin, como também para o enriquecimento do enredo.


Ler Passarinha foi umas das melhores experiências que tive esse ano, não imaginava que um livro tão curto pudesse ter tantos sentimentos, e ao mesmo tempo que a gente quer chorar a gente fica com um sorriso no rosto em cada descoberta da Caitlin.

Passarinha sem dúvidas é aquele livro que recomendo a leitura para todos, um livro para aflorar os mais diversos sentimentos e fazer refletir.






Nenhum comentário:

Postar um comentário